![]() |
Não é fácil aceitar as diferenças. O olhar do filho nos desnuda e a impotência é o que mais incomoda. Não saber lidar com a própria criação. Não suportar mais a dor dele que vira nossa e nada poder fazer. A dor de saber que ele é parte da gente e a gente parte dele. Um todo dor compartilhada. Imagens que se formam e que marcam vontades de estancar o movimento pendular: o ir e vir sempre na instabilidade das doenças mentais crônicas. O fluxo dos pensamentos mágicos, o movimento apavorante frente à vida, o choro excessivo sem haver motivo, a vontade de morrer.
O medo de sentir de novo a mesma dor é igual ao real sentir? O medo de ser, o medo de sofrer, o medo de viver. E o viver? O que é isto? Qual o verdadeiro sentido? Como iluminar encruzilhadas se os caminhos que bifurcam são escuros. Todos. Bastaria uma vela para romper a escuridão? Uma pedrinha brilhante a marcar caminho? Ou a coragem e a fé a mudar rota. Mas qual a rota?
Trecho do livro dedicado aos cuidadores, que se encontra em processo de acabamento e deverá ser editado para ser lançado no dia do evento PROJETO FÊNIX: arte ao cuidador
O livro trará diversas experiências e informações para compartilhar com familiares e cuidadores.
Na qualidade de profissional da área da saúde, tenho a maior admiração por "O Cuidador", bela publicação editada por Marilice Costi que preenche, com sensibilidade e competência, uma lacuna: aquela representada pela necessidade de amparar os que cuidam de pessoas com limitações. Este periódico é um benefício para toda a sociedade.